sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Onde andas Sol?


Parecia que o Sol estava finalmente a acordar, mas afinal não...

Oh Sol, por onde andas tu? Leva-me contigo, deixa-me ajudar-te a pintar sorrisos e a criar melodias que sejam tão doces como a do novo roxinol que o meu avô arranjou! Eu sei que as aves nunca foram as minhas melhores amigas, mas o amor que o meu avô tem pelos passarinhos que cantam tão bem, é tão grande que eu não lhes resisto. E aqueles dias em que não estás escondido sabem tão bem enquanto me deito na rede do jardim e ouço as tais melodias dos tais passarinhos que o meu avô tem. E olha que quando está frio ele não os deixa cá fora, já por isso é que lhes construiu aquele abrigo.

Oh Sol, se não queres aparecer, pelo menos deixa-me seguir viagem contigo, deixa-me estar sempre quentinha e sentir-te num abraço, deixa-me levar comigo aqueles de quem eu tanto gosto e de quem eu não quero sentir falta...


Oh Sol, vem iluminar o jardim da princesa, é a cereja no topo do bolo...!

sábado, 24 de janeiro de 2009

it was a pleasure making business with you...

Podes-me perguntar como é olhar para trás, e eu vou-te responder que «é muito bom», até sou capaz de esboçar um sorriso inocente e de princesa. Sempre disse que o mais importante, e o que eu mais queria, era poder separar o «un» do «finished business», e mesmo que o golpe não feche imediatamente, está no bom caminho, aseguro-te...
Ao contrário do que (quase) todos pensavam, tu não estás no meu conto de fadas... tu próprio disseste que não gostavas de filmes da disney, como é que podias fazer par com a princesa?
Mas eu agradeço-te por me teres feito sorrir cada vez que dizia o teu nome, que me abraçavas e dizias que até gostavas de mim; agradeço-te ainda mais por todas as vezes que me puseste chateada, amuada e até a chorar (eu bem sei que não gostas que eu chore por alguma coisa que tu tenhas feito, mas desculpa, as princesas choram, e não é sempre por causa dos principes), porque agora eu sinto-me muito mais leve, e ao contrário do que possas pensar, mais preenchida.

Cheguei a casa depois de nos despedirmos, abri a janela, e deixei o Sol entrar, ainda ontem estava a chamar por ele!, e com ele vêm muitas mais coisas boas e eu vou seguir com elas...
A mãe vai continuar a pentear-me o cabelo, e a irmã vai continuar a cantar, e eu, vou continuar com elas num conto que só existe para nós!


Don't remember that rush of joy,
He could be that boy, but I'm not that girl.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

dancing through life... *

Já chega de nevoeiros que arrastam chuva fria e pesada. Deixem entrar o Sol!
Quero que venha aquele vento quente e abafado que traz com ele o cheiro e o sabor, estranhamente doce, a marezia. O chá deixa de ser quente, mas até gelado sabe bem, e é tão bom quando vem acompanhado de umas gargalhadas melodiosas..
Vamos pegar na mochila velha que encostamos a um canto, não quero saber se está na hora de calcular logaritmos ou limites, eu quero cantar as glórias dos meus heróis e heroínas, quero ir para além do arco-íris, para a segunda estrela à direita, eu quero é ir com o vento e as cores que ele tem.
Vejo três cabeças ao fundo, uma loira, outra ruiva e uma morena,... e assim começo a pintar o quadro.


"Kiss me goodbye, I'm defying gravity
and you can't pull me down..."

domingo, 18 de janeiro de 2009

Hoje vamos inspirar, sentir, olhar para trás, fechar os olhos, expirar e seguir em frente.



Não vamos deixar que seja dejá-vu!


Sea Of Love (Remastered Version) - Cat Power

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

perdi o tempo...

Não gosto de sentir o tempo a escapar-me pelo meio dos dedos das mãos, gosto de agarrar o tempo, não deixá-lo fugir. Se foi o homem quem aprisionou o tempo, porque é que o homem não tem poder sobre ele? Se realmente tivessemos esse poder, não queria fazer uma pausa para os momentos durarem mais, porque se fizermos uma pausa na acção, esta não avança, e eu gosto realmente da acção contínua... o que eu gostava mesmo era de controlar o tempo, esticar o tempo, aumentar o tempo, sentir que o tempo não foge levando tudo aquilo que (ainda) não se passou. Eu não gosto que não haja tempo para as coisas, todas as coisas têm direito ao seu tempo, umas mais que outras, mas o tempo não escolhe, o tempo tira-as ao acaso e nem sempre sai a nosso favor. E assim, nem sempre as coisas que deveriam acontecer, acontecem.
Eu quero mais tempo, não tempo eterno, mas tempo para as coisas que eu quero fazer, que eu quero que aconteçam... tempo para amar os que querem e devem ser amados ("porque amamos tão depressa?"), tempo para me instalar com toda a mobília que trago, tempo para sentir, tempo para ter tempo, e claro, tempo para mimo, muito mimo (como não podia faltar).

preciso de tempo, tempo, tempo, tempo, ...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

está mesmo a nevar...

Eram 6:50 e o despertador tocou como é habitual com a mesma música irritante que eu já associo tanto a Sony Ericsson cor-de-rosa, o meu espelho cor-de-rosa. Estiquei o braço esquerdo sem abrir os olhos numa tentativa de ligar a luz sem me destapar. Escondi-me de baixo da cama, senti a botija que já não estava quente como da última vez que me lembro de a sentir e disse baixinho «Está tão quentinho aqui.», num jeito destabalhoado, sem nunca me destapar, arranjei maneira de agarra as calças de ganga e a camisola de lã roxa que eu tanto gosto. Assim que estava arranjada, de pequeno-almoço tomado, calcei as luvas, dei um beijinho ao meu pai e disse «Está tanto frio! Não devia haver escola. Deviamos ficar em casa a beber um cházinho ou um chocolate quente, com pantufas e lareira.», ele respondeu-me com um sorriso de quem pensa que eu realmente não existo. Estava tanto frio que quando cheguei à estação nem saí da porta como é costume, pedi-lhes para ficarmos lá dentro porque estava mais quentinho, e não é que o comboio atrasou e aquele sítio nos valeu de mais uns minutos de "conforto"?

E de repente começaram a dizer que estava a nevar, vinha de todos os lados, de Santo Tirso, do Marquês, da Maia, de Gaia, menos dali,... e logo eu que queria tanto fazer anjinhos na neve! E ela que estava tão ou mais triste que eu por não ver ali sinal de floco branco a caír. Mas mais uma vez de repente, os flocos brancos davam sinal de existência aos nossos olhos também, e eu estava tão, mas tão feliz! Era amor em todo o lado. Eram sorrisos em todo lado. Eram abraços, saltos, beijinhos, gritos de "ESTÁ A NEVAR", fotos, gente em todo e por todo o lado. E eu estava ali, com o meu anjinho branco a correr de um lado para o outro porque estava a nevar, e com o anjinho protector que não estava fisicamente perto, mas que estava do lado esquerdo do peito, num espaço que lhe pertence, com os caracóis que secretamente estavam tão felizes como eu por aquele milagre (sim! foi um milagre. ver nevar em Paris, Andorra, é muito bonito, mas não é o mesmo que ver nevar em casa, ou em parte dela!) mas que não admitiam. E eu olhava em volta e via uma semi-multidão de pessoas contagiadas pela neve que ia derretendo e que ia acabando. E eu desejava baixinho para que não acabasse, para que nevasse mais, e desejava ainda mais baixinho mas com mais força ainda, que eu voasse pelo meio daquela queda de flocos brancos...

E na volta para casa, nevava ainda mais, e em casa mais ainda, tanto, tanto, que eu e a minha irmã atiramos bolas de neve uma à outra e fizemos um boneco de neve raquítico.
E estava frio hoje, mas nem assim eu desisti de ir para a neve. E o meu coração estava ainda mais quente (realmente, não mudamos com as estações, ou pelo menos a neve é excepção, a neve é geladamente quente), o meu coração estava cheio de amor, estava tão carregado de emoções que chorou um bocadinho. E o que ele pedia eram abraços, muitos muitos abraços. Mimos habituais e mimos que não há mas que deviam haver, mimos que eu gostava que houvessem (afinal eu sou a Mimos, eu sou a Marianinha que desde sempre gostou de mimo, e até sempre vai gostar). E eu queria tanto, mas tanto explodir de sentimentos que não sei como o fazer quando o longe existe...

vai mais uma chávena de chá quentinho, os pés à lareira, e um beijinho no coração. :)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

perto e longe.

não podemos guardar tudo o que é bom numa caixinha? e andarmos com ela constantemente aberta? assim temos sempre connosco o que de melhor temos. assim nunca perderíamos nada. assim seríamos sempre felizes.
o coração só não chega para estar presente, não chega para amar. é preciso estar perto, é preciso sentir o calor de um abraço muitas, muitas vezes.
e eu quero ter uma caixinha assim para mim.


quero. quero. e quero.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

o inverno é frio.

dizem que mudamos como as estações, é mesmo?

o inverno é frio e eu não quero ser fria como o inverno. o meu coração continua a ser mel, assim o espero.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

(...) to stand on his steps with my heart on my hand.

" I know a guy, he puts the color inside of my world. But he's just like a maze, where all of the walls are continually changed. And I've done all I can to stand on his steps with my heart in my hand, now I'm starting to see, maybe it's got nothing to do with me. "