silêncio do coração

Nunca tive muito jeito com as palavras. Talvez hoje o coração não deva cantar.

Canto o silêncio.

Nunca tive muito jeito com as palavras. Talvez hoje o coração não queira cantar.

Guardo o silêncio.

I need a minute just to get to you
I feel like I might be getting through.
Come over and say nothing,
Silence is everything.

Meme - "Muito mais de você"

A Tani de Pensamentos Rascunhados desafiou-me para este Meme que tem como objectivo dar-nos a conhecer melhor ;)

Aqui vai:

A entrevista.

.Quando e porquê resolveu criar o blog?

Criei este blog a 20 de dezembro de 2008 e penso que o motivo foi mesmo deixar que o coração cantasse tudo o que tem para cantar. Tinha tido um blog no qual deixei de escrever, e senti a necessidade de cantar outras melodias (novamente).

. Depois de o blog ter entrado no ar, o que lhe dá mais satisfação nele?

Admito que se tem tornado um vício. No ínicio dizia que "não me queria comprometer", viria aqui quando me apetecesse, mas agora sinto que se tornou um hábito e há tantas coisas boas. Primeiro, gosto da oportunidade de poder escrever sobre tudo o que o coração sente (e não sente também), os comentários são também algo que me deixa bastante satisfeita, gosto sempre de ter pessoas novas a ler o que escrevo, e continuar a captar a atenção "dos mesmos leitores" é algo que penso ser bastante gratificante. E por fim, adoro ler tudo o que vai noutros blogs. Acho fascinante como a escrita, o assunto, o turbilhão de sentimentos, variam de pessoa para pessoa, e todos têm algo novo a apresentar.

. Quais os assuntos que mais gosta de postar?

Não acho que tenha um assunto predilecto, gosto de postar sobre tudo o que o coração sente, e isso é muito variável.

. Porque deu este nome ao seu blog?

A escolha de um nome para mim é sempre o mais difícil. Inicialmente o nome era o mesmo do link "Peace and Melodies". Queria qualquer coisa harmoniosa e doce, daí surge o "melodies", e como gosto de me sentir sempre em (e na) paz, veio o "peace". Mais tarde alterei o nome para "Melodias do coração" que não se afasta muito do original. Achei que como cada post vinha do coração, seriam "Melodias do Coração".

. Já teve algum problema com comentários?

Não, nunca tive problemas com comentários, mas já tive alguns comentários anónimos, que por sinal foram bastante agradáveis, mas a curiosidade de saber quem é, é sempre enorme.

. Algum blogueiro(a) que admire?

Encontro sempre algo que admiro em todos os blogs que leio, mas sem dúvida que (por razões que já fazem parte do dia-a-dia) admiro a Tani [pela força que traz com ela e que é capaz de fazer passar nos seus rascunhos] e Joana Éme [pela descrição fantástica capaz de me fazer sentir que vivi aqueles momentos]. Mas há também outros blogs que admiro imenso, é o caso do blog do Davi(d) [pela expressividade que expõem em cada post], da Cê [pela simplicidade e doçura cativantes],  da Xaninha [pela harmonia capaz de despertar um coração] e da Filipa [pelo enorme carinho e conhecimento que faz passar]

Perguntas sobre a autora:

Nome: Mariana de Sousa.
Onde mora: Penafiel.
Comprometida: Não.
Um mês: Dezembro.
Um ano: 2007.
Uma estação: Primavera.
Uma flor: Malmequer.
Uma matéria: Solo.
Um passatempo: Pintar sorrisos.
Um desporto: Dança.
Um herói: a minha Mãe.
Um filme: Peter Pan.
Uma musica: "Blowing in the wind".
Um programa: Os campeonatos de Ice Skating.
Uma mania: lavar as maçãs e sacudir três vezes (só assim é que gosto de as comer).
Uma profissão: Cineasta.
Uma coisa importante: O Sol.
Um sonho: Chegar à Lua.
Um amor: O primeiro.
Uma paixão: Viajar.
Um desejo: Os que o coração faz e que não se revelam.
Adoro: Aeroportos.
Odeio: Ter de acordar cedo quando dormi mal.
Amigos: Os de sempre e os de até sempre.
Um lugar: A Disney.
Uma cidade: Miami.
Uma peça de roupa: Vestidos.
Um defeito: A teimosia.
Uma virtude: Um coração grande que gosto de dar mimo e receber.
Um doce: Bolo de Chocolate (da mamã).
Uma frase: "Everything happens for a reason."


Passo o meme aos blogs:

- Sui Generis

- Desatino Geral

- Acontece

@ Miami

Let me tell you about a girl I know.

She likes hip hop and rock and roll.

She walks slow down the avenue.

Let me tell you about a girl I love.

She's stayin home cause she hates the club.

Baby but, pretty little features.

hoje a princesa acordou!

Desculpa, mas hoje não.

- Hoje não quero ser Princesa.

- Não se escolhe, apenas se é.

- Mas hoje eu não quero. Os meus sapatos estão a perder o brilho, as abelhas sugam o pólen às flores do meu jardim, e o Sol está-se a ir embora sem justificação.

- Os teus sapatos nunca perderão o brilho, e as abelhas nunca sugam todo o pólen às flores do teu jardim, e o Sol nunca se irá embora, como podes sentir todas essas coisas?

- Não posso ser só eu a dar brilho aos meus sapatos, a ver o pólen das flores do meu jardim, e a pedir ao Sol para ficar. Não posso estar sozinha, acho até que o meu coração já o previa, por isso é que tem andado assim.

- Ninguém te está a deixar sozinha, sabes bem disso.

- Não consigo sabê-lo se não consigo senti-lo. E se não consigo senti-lo é porque não mo mostram, é porque não me ajudam a dar brilho aos meus sapatos, a ver que as abelhas não sugaram o pólen às flores, e a pedir ao Sol que fique. Não posso ser só eu a acreditar, e muito menos a dar de mim. Volto a dizer, hoje não quero ser Princesa.

- Mas tu serás sempre assim, Princesa.

- Deixa-me não sê-lo. Só hoje!

Flashmeetings que aquecem um coração.

O relógio da igreja- são tantas e eu nunca soube o nome de todas. Que vergonha, diria a minha avó- marcava 19:15 e eu tinha acabado de me despedir.

Vinha com um brilhozinho nos olhos e um sorriso pateta, sabiam-me sempre tão bem estes flashmeetings (hoje o dia foi repleto de flashmeetings que me souberam muito bem). Eram sempre à volta de 15 minutos, mas 15 minutos que contavam as boas e as más novidades, faziam perguntas e obtiam respostas, pediam conselhos e recebiam opiniões, e acima de tudo, eram sempre 15 minutos tão, mas tão doces, que enchiam o coração de um calor que tentava matar a saudade. Saudade esta que esperava por mais 15minutos.

Vim o caminho todo para casa a tentar encontrar uma definição para isto, e encontrei! Todas as princesas têm uma fada madrinha, que olha por elas como uma mãe mas que não é mãe, que é confidente como uma amiga mas que não é uma amiga qualquer, não é a melhor amiga, não é a grande amiga, a amiga, a colega, a conhecida, ou a professora, é a Fada Madrinha.

E como eu sei que a minha Fada Madrinha gosta de ver o meu coração crescer, mando-lhe aqui um beijinho, que dura mais que 15 minutos, para lhe deixar com um brilhozinho nos olhos que aquece o meu coração.

There's always someone watching over us. *

damn those sweet memories!

«Vamos lá arrumar esta tralha toda que ainda temos muita coisa para fazer!», não conseguia entender o tom áspero, rígido e frio que tinha na voz. Afinal, aquela tinha sido a nossa casa, o nosso quentinho, durante 13 anos e meio.

«Despacha-te, não adianta ficar a olhar para trás, são só coisas velhas, já não nos servem de nada», continuava com o mesmo tom áspero, rígido e frio e eu começava a compreender o motivo.

«Da última vez que aqui estiveste demoras-te muito tempo, não percebo qual é a pressa! Além disso eu gosto de ver estas coisas, dão-me saudades.»

O cheiro a pó começava a ser substituído pelo cheiro que ali permaneceu durante 13 anos e meio, e toda aquela desarrumação estava de repente arrumada, os móveis nos sítios, os quadros nas paredes, os tapetes, os instrumentos que ocupavam os lugares no corredor, e quatro figuras que carregavam uma alma quente e um peito cheio de alegria.

Começava a perceber o motivo pelo qual a minha mãe não gostava de lá ir, à casa velha (a verdade é que quase 5 anos depois, esta ainda é a casa nova). As recordações já não estavam escondidas, não tinham mudado de casa connosco. As recordações agora moravam lá, sozinhas, e estavam literalmente visíveis e destapadas, para quem as quisesse ver.

«Lembras-te deste? Disseste que o querias guardar para os teus filhos e eu prometi que nunca o daria a ninguém. (...)», «O que é que vamos fazer com isto tudo? Não consigo imaginar esta casa sem nós, porque de certa forma nós ainda aqui estamos.», «E vamos sempre estar, mas desta vez, as memórias têm de saír connosco.» «Mas assim a casa vai ser ocupada por memórias que não nossas.» «Não há tinta que disfarce todas as recordações que estas paredes guardam, muito menos móveis que escondam tudo o que já vivemos.»

Então eu digo,

Felizmente há luar!

que ilumina todos os sorrisos, choros, abraços, birras, beijinhos, canções, danças, mimos e amor que aquela casa vai sempre guardar.

Quando o coração quer dançar até caír.

Hoje danço ao sabor do vento e voo por entre melodias coloridas que me pintam o coração de tantas cores como quantas cores o vento tem. Mergulho num delicioso mar de sabores, e sinto em particular aquele sabor a Jasmim Scrumbles. Respiro bem fundo e deixo o Sol aquecer-me a alma, juntamente com todo o amor que me envolve.

Hoje danço pelos jardins de (quase) Primavera, enquanto o Sol se vai embora e as estrelas ocupam o seu lugar para deixarem os corações pedirem desejos.

Hoje repito:

People should smile more (like us).

People should smile more. *

Gosto quando o Sol brilha mais que por condições e forças que eu desconheço. Gosto quando o Sol brilha para me iluminar o rosto doce e claro. Gosto ainda mais quando o Sol me aquece o coração - Mãos frias, coração quente sempre mo disse a minha avó por eu ter sempre as mãos tão geladas -e me desenha um sorriso capaz de escapar pelos meus lábios tão cuidadosamente desenhados - a minha mãe é uma Artista, tinha de saír com lábios pormenorizadamente bem definidos. E não me estou a gabar!

Gosto ainda mais quando chego a casa, espreito pela janela do sotão, e vejo o Sol ainda a brilhar, mas agora a despedir-se. Volta-me a escapar um sorriso pelos meus lábios tão cuidadosamente desenhados, fecho os olhos, deixo o Sol aquecer-me mais uma vez o rosto doce e claro, como se fosses tu que ali estivesses.

Ainda com os olhos fechados, vejo-nos no Sol, que agora já quase não se vê, mas que ainda assim me aquece o coração. *

Cabeça despreocupada, coração alegre.

«Piratas! Deitada na neve! Artistas! Inconsciência. Ser tu, Ilse…(...) Esta filha da sorte, esta filha do sol.

Para isso é preciso uma cabeça despreocupada e um coração alegre.»

A filha da sorte, a filha do sol!

Piratas, Artistas!

Cabeça despreocupada e coração alegre sim!

e hoje é para o Moritz.

Because I knew you, I have been changed for good.

Ela tinha chegado de Terras de Sua Majestade, e eu adivinhava-lhe já o ar novo e frio, misturado com todo o calor da alegria que lhe é tão constante e característica, de quem traz aventuras aliciantes guardadas numa caixinha de recordações.

A ansiedade era como borboletas na barriga, que parecia que nunca mais consumiam o tempo. E passadas as horas, os minutos e os segundos, chegou o tão desejado e eterno abraço. O abraço que estava marcado já há uma semana, que tinha o lugar por preencher e que nunca será ocupado por mais nenhum, se não por aquele quente, doce, cumplice e eterno abraço.

Estava ainda mais bonita do que a Cinderela, nunca gostaste das princesas loiras e com razão! Ainda pra mais, a Cinderela nunca teve, não tem, nem terá, o calor da tua alegria, estavas mais que uma Princesa, e mais importante, estavas lá. Tu. Eu. e a Mãe.

Soam as doze badaladas, está na hora Princesa.

As serpentinas e os confetis caíram mesmo. E os duendes vestidos de verde, o Pai Natal (sim, quando se faz 18 anos costuma aparecer o Pai Natal, pelo menos eu gostava), as fadas, o Ribeiro,..., estavam lá todos de olhos postos em ti. Mas só tu os poderias ver (e obviamente eu, que sonho tão ou mais alto que tu, e a mãe, porque é mãe e sabe sempre tudo, e sonha connosco). Ainda não és uma mulherzinha, aliás não devias deixar que te dissessem que o és. Continuas a ser a criança à qual eu pertenço e que me pertence também. Só há uma diferença, agora já podes tomar as rédias dos cavalos de Apólo e seguir com a carruagem do Sol por outros mundos, já podes voar mais alto, assumir o controlo e seguir para onde o teu coração quer (lá para as Terras de sua Majestade), mas nunca sozinha... Eu vou estar do teu lado, e a mãe do outro, e certamente muita mais gente... mas nós estamos mesmo!

"You'll be with me like a handprint on my heart.

And now whatever way our stories end,

I know you have re-written mine by being my friend."