segunda-feira, 27 de abril de 2009

"Andar à chuva já não tem piada sem ti!"

«Não estou triste, eu não mudo com o ambiente!»
Filipinha
Fiquei a pensar nisto o dia todo. Quem me dera a mim poder dizer que não mudo com o tempo, que fazer chuva ou sol é-me completamente indiferente. Quem me dera a mim ter vontade para ir para o meio da chuva dançar, molhar-me da cabeça aos pés, sentir a água a escorrer ao longo do corpo, deixar o prazer de andar à chuva indavir-me por todos os poros. Mas não sou Wendla ou Thea, já não conheço a piada de andar à chuva -«Ó (Wendla), porque te foste embora? Andar à chuva já não tem piada sem ti»
Porque te foste embora? Agora fazes com que eu não queira andar à chuva, com que o cabelo fique muito volumoso e que eu fique irritada, que o rímel esborrate e a cara fique manchada, que as calças se colem ao corpo e que eu deteste essa sensação. Agora já não faço danças da chuva, acabaram as festas e as celebrações. Agora eu mudo com o ambiente. Não digas que a culpa é tua e não minha (repito que isso já está um pouco dê-mo-dê), a culpa não é de ninguém a não ser do tempo. Mas eu vou aprender a andar à chuva sem ti, a deixar o cabelo molhar e ficar volumoso e que eu não me importe, e o rímel não vai esborratar porque a única chuva que vai caír vem do céu e não do meu coração, e assim a cara não fica manchada, as calças não se vão colar ao corpo porque vou estar a usar um vestido da Ilse (por agora vou-me esconder na inconsciência da Ilse, só por um bocadinho, quase que nem dás conta). E se também quiseres andar à chuva outra vez, pode ser que nos vejamos por aí, em tempestades quentes que não arrefecem corações nem arrepiam a espinha, tempestades amenas como as que nunca andamos, mas pela mesma chuva é que não.
No fim, vou dizer que andar à chuva tem piada sem ti. Vou descalçar os sapatos de princesa e vou a correr, vou abrir os braços, vou saltar, vou cantar, vou até voar, mesmo pelo meio da chuva. Mas por agora vou continuar a mudar com o tempo, só mais um bocadinho, por isso, o Sol que volte depressa!

http://despertardaprimavera.blogspot.com :D

7 comentários:

Filipa Castro disse...

Não consigo comentar tal texto.
De facto não mudo com o ambiente, mudo com as bagunceiras do mundo humano. Tal como o Sebastião dizia: " Ariel the human world is a mess" e de facto é.

Mas verás que não precisas de ninguém para ser feliz à chuva, ela lava-nos os pensamentos, arrastando consigo o que não deve ficar a fazer-nos sofrer.
Andar à chuva tem piada sim, e um dia voltarás a sentir isso.


Gosto muito de ti Marianinha, obrigada*

Debbs. disse...

Gostei imenso da ultima parte do texto. E quando esta fase passar tu vais encarar tudo o que passaste com um sorriso, e não tarda nada o sol vai aparecer para aquecer o teu coração :D

um beijinho.

Debbs. disse...

e o Sol está para breve, porque eu sei :D
(não gosto destes sentimentos, entristece-me)

Anónimo disse...

o sol que volte, minha querida, pois esta chuva e este frio já doem!

Sou como tu... Mudo com o tempo!...

mil beijinhos!

David Pimenta disse...

tenho uma coisinha para ti no meu blog :D

Edgar Moreira ® disse...

Vejo que continuas a escrever em grande! Adoro a emoção dos teus posts! Todas as palavras tocam bem no fundo... =) Bjinhuh

David Pimenta disse...

Tu mereces este prémio, mesmo *
o teu blog é um dos meus favoritos, acredita Marianinha :D
um beijinho enorme :')